Livro de Diagnósticos e reparações em caixas de transmissões automotivas direcionado a todos os amantes do automóvel, mecânicos e técnicos, seu conteúdo técnico completo abrange caixa mecânicas, automáticas, cvt e automatizadas, funcionamento, procedimentos de reparações e diagnósticos com muitas ilustrações e atualizado com as tecnologias mais modernas da engenharia automobilística
A função do óleo
lubrificante é fornecer uma película entre as
superfícies e assim diminuir o atrito, reduzindo o
desgaste e evitando perda de força nas
máquinas, proporcionando às máquinas uma
maior vida útil com menor custo de manutenção.
Parafínico
Naftênico
Fig. III.a: Tipos de Hidrocarbonetos
QUADRO COMPARATIVO ENTRE
LUBRIFICANTES PARAFÍNICOS
E NAFTÊNICOS
TIPOS DE LUBRIFICANTES
Óleos Minerais
Os óleos minerais são obtidos do petróleo e
como tal, são formados basicamente dos
elementos químicos carbono e hidrogênio, sob a
forma de hidrocarbonetos.
Estes hidrocarbonetos constituintes do óleo
mineral podem ser predominantemente
parafínicos, naftênicos ou mistos (fig. III.a).
Óleos Graxos
Os óleos graxos são óleos orgânicos, extraídos
de gorduras animais ou de óleos vegetais. Eles
apresentam grande capacidade de aderência a
superfícies metálicas, comportando-se como
excelente lubrificante, mas possuem pequena
resistência à oxidação.
Óleos Compostos
Os óleos compostos consistem em óleos graxos
adicionados a óleos minerais, conferindo a estes
maior oleoginosidade.
Óleos Sintéticos
Os fluidos sintéticos são lubrificantes obtidos a
partir de síntese química. Os principais fluidos
sintéticos em uso atualmente são os ésteres de
ácidos dibásicos, ésteres de organofosfatos,
ésteres de silicatos, silicones e compostos de
ésteres de poliglocóis.
CARACTERÍSTICAS PARAFÍNICOS NAFTÊNICOS
Ponto de Fluidez
Índice de Viscosidade
Resistência à Oxidação
Resíduo de Carbono
Capacidade de Emulsificação
ALTO
ALTO
GRANDE
GRANDE
BAIXA
Oleoginoosidade
BAIXA
BAIXO
BAIXO
PEQUENA
PEQUENA
ALTA
ALTA
Vantagens do Óleo Sintético
• Maior IV (Índice de Viscosidade)
• Maior resistência à oxidação
• Menor volatilidade
• Menor ponto de mínima fluidez
• Quimicamente estáveis por muito
tempo.
• Sofrem menos degradação à
temperaturas elevadas
PRINCIPAIS PROPRIEDADES
Maior
resistência ao
escoamento
Óleo de menor
Viscosidade
Óleo de maior
Viscosidade
Fig. III.b: Resistência ao Escoamento de um Fluido
VISCOSÍMETRO CINEMÁTICO
Os lubrificantes apresentam certas características
físicas e químicas que permitem avaliar seu nível
de qualidade, bem como o controle de sua
uniformidade. As principais propriedades estão
relacionadas a seguir.
1) Viscosidade
A viscosidade de um fluido é a medida da sua
resistência ao escoamento (fig. IIl.b). É a
principal característica a ser observada na
indicação correta do lubrificante a ser utilizado
num certo sistema. A viscosidade é função
inversa da temperatura. O instrumento que
mede a viscosidade denomina-se viscosímetro.
Existem vários tipos de viscosímetros, entre eles
podemos destacar:
A
B
C
Fig. III.c: Viscosímetro Cinemático
Início
Fim- Viscosímetro Cinemático, é o aparelho atualmente
adotado pela ISO, cuja unidade medida é o
centiStokes (cSt) (fig.lIl.c e Ill.d); - Viscosímetro Saybolt, foi o primeiro aparelho a ser
utilizado, desenvolvido pelo americano de mesmo
nome, cuja unidade de medida é o segundo Saybolt
Universal (SSU) (fig.lll.e); - Viscosímetro Engeler, de origem alemã; - Viscosímetro Redwood, de origem inglesa.
Caixa de Controle
Termômetro
Regulador de Temperatura
Amostra de óleo
60
Nível de óleo na marca
superior do capilar
Fig. III.d: Viscosímetro Cinemático
Determinação do
tempo de escoamento
entre as duas marcas
Fig. III.e: Viscosímetro Saybolt
2) Índice de Viscosidade
O Índice de Viscosidade (IV) é um número
adimensional que indica a taxa de variação da
viscosidade de um óleo quando se varia a
temperatura. Um alto IV indica que esta taxa de
variação é pequena, significando que sua
viscosidade é mais estável às variações térmicas.
No gráfico ao lado, o óleo A apresentou uma
menor variação na sua viscosidade para uma
mesma variação de temperatura em relação ao
óleo B, portanto, o óleo A possui maior IV (fig. III.f).
3) Densidade
A densidade é definida como sendo a relação entre a massa e o volume de uma substância numa determinada temperatura (fig. IIl.g).
4) Cor
É determinada por um equipamento chamado
colorímetro ótico, através da comparação amostra
com padrões de cores. A sua determinação
isoladamente não tem relação com a sua
performance em operação.
5) Ponto de Fulgor
O ponto de fulgor é a temperatura em que o óleo,
quando aquecido em condições padrões,
desprende vapores que se inflamam
momentaneamente ao contato com uma chama
piloto. A contaminação de lubrificantes usados
em motores de combustão interna com o
combustível resulta na queda acentuada do
ponto de fulgor (fig. III.h).
6) Ponto de Fluidez
Ponto de mínima fluidez é a menor temperatura
na qual o lubrificante ainda flui nas condições do
teste (fig. IIl.i).
Em óleos usados, um acréscimo na acidez pode
significar contaminação externa ou um acelerado
processo de oxidação, já que essa reação libera
produtos ácidos. Já um decréscimo no TBN
representa a degradação do aditivo, em virtude do
ataque dos componentes ácidos, e o valor do TBN
indicará o quanto ainda resta de reserva alcalina
7) Acidez e Basicidade
A acidez ou basicidade de um óleo podem ser
expressas pelos números: - Número de Acidez Total (TAN): É a quantidade de
base, expressa em miligramas de KOH, necessária
para neutralizar todos os componentes ácidos
presentes em 1 g de óleo. - Número de Basicidade Total (TBN): É a quantidade
de ácido expressa em correspondentes miligramas
de KOH, necessários para neutralizar todos os
componentes alcalinos presentes em 1 g de óleo.
8) Teor de Cinzas
a) Teor de Cinzas Simples
O teor de cinzas simples representa, em termos
percentuais, o peso final das cinzas formadas após
a queima, seguida da calcinação da amostra, em
relação ao peso antes da queima. As cinzas são
resultantes da presença de aditivos metálicos ou
partículas metálicas provenientes de desgaste
mecânico ou se a amostra está contaminada por
impurezas de bases inorgânicas.
b) Teor de Cinzas Sulfatadas
O teor de cinzas sulfatadas é determinado de forma
semelhante ao das cinzas simples; a única diferença
é que antes da calcinação o resíduo carbonoso é
umedecido com ácido sulfúrico.
9) Resíduo de Carbono
Teste de espuma
Banho
a 25ºC
O resíduo de carbono de um óleo é a percentagem
de resíduos que o óleo poderia deixar quando
submetido a evaporação por altas temperaturas na
ausência de oxigênio. O resultado deste ensaio não
pode ser analisado separadamente .
10) Demulsibilidade
Demulsibilidade é a capacidade que os óleos
possuem de se separarem da água.
11) Espuma
A formação de espuma é indesejável, pois
resulta em lubrificação ineficiente, fluxo
deficiente de óleo, menor transferência de calor
e falhas de transmissão de força em sistemas
hidráulicos. A espuma pode ser formada pela
introdução de ar ou gás dentro de um
reservatório, sendo conseqüência ou não de
agitação excessiva do lubrificante e/ ou
condições inadequadas de sucção do sistema
de bombeamento ou ainda devido a um baixo
nível de lubrificante no reservatório
12) Ponto de Anilina
Menor temperatura na qual o lubrificante é miscível
com igual volume de anilina. Este teste confirma se
o óleo básico é de origem parafínica ou naftênica e
indica também o nível de compatibilidade do
lubrificante com borracha, pois se o mesmo for de
origem naftênica haverá tendência ao ataque.
13) Extrema Pressão
14) Saponificação
É um índice que identifica a quantidade de óleo
graxo (gordura/óleo) presente em um óleo
composto.
15) Resistência a Oxidação
Determina a tendência do lubrificante a se oxidar
sob a presença de oxigênio sob pressão e altas
temperaturas.
16) Corrosão
Avalia a intensidade do ataque, sob condições
específicas de serviço, dos aditivos presentes
nos lubrificantes, a base de cloro, enxofre e sais
orgânicos em metais e ligas
17) Insolúveis O aditivo proporciona ao lubrificante uma propriedade que evita as microssoldas (micro caldeamento) entre as superfícies em movimento relativo, mesmo quando a película de óleo for rompida pela ação de elevadas pressões. A ação deste aditivo pode ser química e/ou física (mecânica)
18) Detergência
Capacidade do lubrificante em manter limpas as
superfícies em que está em contato, através do
controle da formação de resíduos, lacas, vernizes
e borras.
19) Dispersância
Capacidade de manter suspensas as impurezas
presentes no sistema, nas menores dimensões
possíveis.
20)
Oleoginosidade ou Poder
Lubrificante
Capacidade do lubrificante em manter resistente
a sua película durante o processo de lubrificação
Dentro do conjunto do sistema de proteção dos ocupantes se distinguem algumas categorias: a
segurança ativa e a segurança passiva. A seguir será explicada de forma sucinta os sistemas de
segurança que integram cada uma das etapas de proteção dos ocupantes.
Segurança ativa
Dentro da segurança ativa se inclui todos aqueles
sistemas que podem contribuir para evitar que
ocorra um acidente, tais como, uma boa pista,
uma suspensão confortável e de características
adequadas, freios eficientes, motor com elevado
poder de aceleração, entre outros.
Por outro lado, bancos que permitem dirigir sem
fadiga, boa visibilidade, sistema adequado de
climatização, controles bem distribuídos e de fácil
manejo do condutor.
Entre os sistemas de segurança ativa se encontram,
por exemplo:
• Sistema antibloqueio dos freios – ABS
• Sistema de controle de patinação – ASR
• Sistema eletrônico de estabilidade – ESP
• Sistema eletrônico de força de frenagem – EBV
• Sistema de controle de cruzeiro adaptativo – ACC
• Sistema eletrônico de bloqueio do diferencial – EDS
Segurança passiva
Se entende por segurança passiva todas as
medidas de design concebidas para poder proteger
os ocupantes dos veículos de possíveis lesões
durante um acidente ou também para minimizar o
risco de lesões.
Esta concepção refere-se, principalmente, ao
comportamento do veículo durante uma colisão e
abrange não só a proteção dos ocupantes do
veículo mas também de terceiros envolvidos no
acidente.
Entre as características de segurança passiva, as
mais importantes de um veículo moderno, são:
• Sistemas de cintos de segurança com
pré-tensionadores;
• Sistemas de air bags frontais, laterais e de
cortina;
• Célula do habitáculo com rigidez suficiente para
evitar deformação, teto com uma rigidez
adequada e zonas de deformação na parte
dianteira, traseira e lateral (que protege os
ocupantes absorvendo a energia da colisão de
forma controlada);
• proteção anti capotamento em caso de veículos
conversíveis;
• disjuntores de bateria.
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